domingo, 17 de fevereiro de 2013

A RESPOSTA


                 
                                                      Para Glênio Freitas Jr.

Ah, então não sabes ainda? A caneta pode ser tua, mas quando escreves é ela que se adona de ti e não o contrário.

Todos sentem que tem poder sobre letras e canetas, sobre frases e lápis de carvão revestidos de árvores derrubadas. Mas isso é uma falsa impressão, criada justamente para que continues a escrever sem que o medo do real te alucine.

Não. Não é verdade que a caneta ou o grafite são meus. 

Eles são deles mesmos e de outros; são do mundo, dos sentimentos e das loucuras. 

E eu, eu sou apenas a menina oca que eles usam para explorar as emoções ocultas no sótão das  aspirações.

4 comentários:

Unknown disse...

Heheheh!!!

Adriane, não vais acreditar, mas no exato momento em que postei meu comentário afirmando que a "caneta era tua", veio-me a ideia de sugerir que tu produzisse um texto com este tema!!!!
Muito legal!!!

Unknown disse...

Pois ai está a tua resposta, Glênio.
Um texto breve, mas que gostei de produzir.
Por isso recebeste a homenagem.
Abração.

Unknown disse...

Obrigado, amiga, és muito sempre gentil!!!

Wilson Caritta disse...

Genial "os sentidos do grafite", parabéns, belo texto, Adriane!...